O amor é lindo!

O amor é lindo!
O nosso amor começou na adolescência...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

CÂNTICOS

(Luciene Soares)

Cantando João Pessoa
x
Minha cidade coroa
A terceira do Brasil
E Princesa da América
O seu povo é gentil
Sincero, hospitaleiro
Que entoa prazenteiro
Sob lindo céu de anil
x
Cantando a Paraíba
x
Paraíba, que lugar!!!
A praia de Tambaú
É linda, não tem igual!
Ainda tem Pitimbu,
Barra de Camaratuba,
Acauã em Itatuba
E a Praia de Acaú!
x
Cantando a natureza
x
Porque rica sou dessa natureza
O sol e a lua, belos estelares
Céu azul encanta cheio de grandeza
Meu barco singra por todos os mares
x
Eu vejo os esplendores
Que existem nesta terra
O colibri delicado
No seu bailado não erra
As borboletas em festa
Voando pela floresta
Quanta beleza encerra!!!
x
Cantando a felicidade
x
E vivo feliz se estou contigo
Mole coração feito marmeleiro
Repouso feliz no ombro amigo
Ouvindo a moda de bom violeiro
x
O amor é o bem maior
É bálsamo pro coração
Jóia de grande valor
Para a vida uma canção!
Do meu jardim é a flor
Que rego com devoção

A ÁGUIA

(Sam e Lu, 30/09/07)

Como a águia quero ser
Aguçadamente ver
E sobrevoar as alturas
Sentir a brisa no rosto
Renovar com muito gosto
As qualidades mais puras
X
Ser a Fênix hodierna
Tirar o 'eu' da caverna
Superar os obstáculos
Escalar várias montanhas
Aprender todas as manhas
Na vida dos espetáculos!!!

ESPARSAS




(Sander Lee)*

Se o meu verso salpica
Nas paredes da cultura
Tudo muda a estrutura
Mais interessante fica
O saber se multiplica
Pássaro sai da gaiola
Dispensa-se a pistola
A liberdade campeia
Pretere-se a cadeia
Se eu pontilho a viola
X
Passeando na cidade
Num momento distraído
Aproveito a liberdade
Sob roxo ipê florido
Na beleza acentuada
Da praça arborizada
Para mim não falta nada
No oitavão rebatido
X
O amor só se esfrega
Em quem tem coração quente
Assaz sensibilidade
É por isso que a gente
Deve estar motivado
Porque o amor renovado
Coloca o homem pra frente!!!
X
Saudade do meu torrão
Em tempo de invernada
Tomando banho de bica
De calçada em calçada
E a cheia do Paraíba
É a festa da meninada

x
E passada a enxurrada
O sol brilhava a pino
Virava o rio uma praia
Pra moço, velho e menino
Tomar banho, jogar bola
Era roteiro e destino!
X
Ensinei ao passaredo
A minha filosofia
De cantar com maestria
Sobrevoar arvoredo
Este é o meu segredo
Sou professor do concriz
Que muito grato me diz:
"Maestro, quer'aprender".
Quero ver você fazer
A metade do que eu fiz!
X
Verbena e amor-perfeito
Exalando seus odores
O jardim das azaléias
Com suas múltiplas cores
Cravos, tulipas e rosas
Margaridas tão mimosas
O mundo lindo das flores!!!
X
O Nordeste tem a cor
Da singeleza da vida
Do Paraíso Perdido
D'uma nação destemida
Da vitória na batalha
E do sol quando espalha
A sua luz tão querida!!!
X
Pro poeta não há peia
Amarrando os seus pés
Seu pensamento é livre
Pousa nos igarapés
Nas matas, nos oceanos
E não conhece revés!!!
X
Eu penso que a cultura
Repertório popular
É a essência da vida
Porque se deve expressar
Os anseios do vivente
D'uma forma diferente
Dançar, versar, entoar...


* Sander Lee

A poesia de Sander Lee nasceu num ambiente teatral: o Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana - GETI, órgão da Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz. Essa agremiação cultural começou trabalhando textos de Bertthold Brecht e Plínio Marcos, mas como não se fazia entender, firmou as suas ações nos textos regionais com foco no cordelismo. O Sander Lee era um dos pesquisadores do grupo. Nessa função, além de estudar a literatura de bardos como Zé da Luz e Pinto do Monteiro, estreitou o relacionamento com poetas como João da Silveira, Severino Dias, Manoel Xudu, Pedro Firmino, Oliveira de Panelas, Otacílio Batista e tantos outros. Nasceu daí o seu gosto pelo Cordel, embora escrevesse também em outros estilos.

O poeta coopera atualmente com algumas comunidades poéticas do Orkut, em atitude meramente diletante, por puro entretenimento. Acima registramos alguns momentos de repente on line. Vale lembrar que os combates se dão na net no estilo do repente, às vezes com a participação de quatro ou seis poetas, concomitantemente, inclusive com obediência à deixa, à métrica e à estrutura rimática.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

PAPAI NOEL E O CORDEL

(Cintya)*








*
*
*
*
*
Cá em nosso recital
Todo bicho é afinado
Saci, mimosa, codorna
Nem Cuca fica de lado
E feliz demais da conta
O jegue de mala pronta
Viaja no feriado.
*
*
Sabe quem é convidado?
Vem voando lá do céu
É pançudo e sorridente
Seu nome é Papai Noel
Com embrulhos e xodó
E a viola no trenó
Vem pra cair no cordel!
*
*
* Cintya & Marianinha (porque a segunda inspira a primeira)
Competente poetisa da Comunidade Projeto Cordel, do Orkut. Não obstante ser residente no extremo oriente, é grande articuladora da Cultura Popular Brasileira, com foco no Cordel.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O SOM DA VIOLA

(Tessa Bastos)*






Não bastou para mim um ombro amigo
Nem a mão prestativa, tão materna
Não bastou me encharcar numa taverna
Procurando encontrar ali abrigo
Não bastou eu correr todo perigo
Pois no fim eu me vi na contramão
E só quando eu quedei em oração
De canções tão bonitas me lembrei
Foi no som da viola que encontrei
O remédio pra dor do coração!
x
x
x
* Tessa Bastos
Uma das grandes poetisas da vanguarda poética on line. Conheçamos um pouco dessa mulher apaixonada pelo Cordel e pela beleza do Brasil:
x
x
x
Mais bela que lua cheia
Sobre a mata iluminando
Do que flor desabrochando
Oliva quando encandeia
Do que canto de sereia
Minha canção faz escola
E meu coração se embola
Numa estrofe apaixonada
Suave, cadenciada
Se eu pontilho a viola
x
x
Poeta mostre pra gente
De onde nasce a canção
Traga o cheiro do sertão
Traga o sol, traga o repente
Essa paixão tão fremente
Quando seu corpo se cola
Feito pétala e corola
Com a morena faceira
Neste xote a noite inteira
Se eu pontilho a viola

domingo, 25 de novembro de 2007

GLOSAS

(Luciene Soares)*















Foi do meu pai que herdei,
Vate Severino Dias,
Pois em suas poesias
Inspiração encontrei
No versejar era rei
Nas rimas era doutor
Foi o maior professor
Outr'igual tá pra nascer
Eu aprendi pra não ser
Aluna de cantador.
x
x

Meu versejar é peralta
Como criança travessa
Canto certo, cant'avessa
Rima para mim não falta
Já está pronta a ribalta
Pra noite do esplendor
Onde cantarei o amor
A paz, o riso, o prazer...
Eu aprendi pra não ser
Aluna de cantador.
x
x

Gosto da brisa no rosto
De montar no alazão
Das cantigas do sertão
Da tardinha, com sol posto
Da pimenta que dá gosto
Da manhã com seu frescor
Da voz do aboiador
O seu gado a tanger
Eu aprendi pra não ser
Aluna de cantador.
x
x
No murmúrio da cascata
Eu aprendi a rimar
Quando o pássaro cantar
Eu faço a duplicata
Madrigal e serenata
Pois o meu verso tem cor
Tem perfume, tem sabor...
Feito pra enternecer
Eu aprendi pra não ser
Aluna de cantador.
x
x
Minha cas'era lugar
De se reunir poetas
Onde traçavam as metas
Que deveriam cantar
"Mané" Xudu explicar
Lourival, grande cantor
Zé Alves, um esplendor
João da Silveira, o saber
Eu aprendi pra não ser
Aluna de cantador.
x
x
x
* Luciene Soares, poetisa paraibana, filha do poeta pernambucano Severino Dias (será brevemente lançado o seu livro in memorian), autor de "A Caneta e a Enxada".

A VIDA É TUA FÃ

(Sander Lee)








A tua flor da manhã
Deus fê-la acetinada
Para brilhar com o sol
Hoje será renovada
Porque o Senhor é Bom
E tu pra Ele és som
Gostoso de invernada
x
x
Ele fez a passarada
Pra t'alegrar na manhã
A cachoeira te canta
A brisa é tua irmã...
Por isso não fiques triste
Pois o meu canto insiste
Que a vida é tua fã!!!

CHIQUINHA GONZAGA



(Luciene Soares)

Agora abre-se a luz
Homenagem a Chiquinha
Gonzaga, a compositora
Famosa por sua linha
A maestrina primeira
De orquestra verdadeira
E no Choro foi rainha!
x
x
Começou inda mocinha
Na música popular
Tendo sido a primeira
Compositora a brilhar
Compôs peças teatrais
Músicas pra carnavais
O "Abre alas" passar!

sábado, 24 de novembro de 2007

A PLURALIDADE DO TEU VER

(Sander Lee - 19/11/04)

Para Luciene

Eu pagaria milhares
Não economizaria vintém
Salpicaria jasmim
Só pra ver os teus olhares
Minha vida, meu bem
Direcionados pra mim

Por Deus
As mais belas imagens
Em versos e prosas
São os olhares teus
Das crianças as bobagens
E as cores das rosas

Mas por Deus
Que eu gastaria milhares
E não economizaria vintém
Só pra ter os teus olhares
Os olhares teus
Meu bem

Não fiques nunca triste
O que de mais belo existe
É o teu olhar
Que supera o luar...

AUSÊNCIA

(Luciene Soares - 19/06/07)


Estando longe de mim
Fico meio que perdida
Nem as flores do jardim
Colorem a minha vida

E a saudade que sinto
Faz doer meu coração
È verdade, eu não minto
Estou presa em tua mão

Com muita ansiedade
Espero tua chegada
Velando na madrugada
É ruim a tal saudade!

Às vezes pego a pensar
Na força desse amor...
Pode o tempo passar
Mais aumenta o sabor